Fecho meus olhos e vejo um lindo flamboyant a beira de um lago translúcido, ouço o ruído das águas sendo beijadas pelos galhos floridos que se deixam levar ao vento. Uma brisa leve trás o som das suas folhas e flores a atritarem-se ao sabor do vento.
Eu ouço o silencio.
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Eu ouço o silencio.
Busco minha alma companheira e amiga, diz minha alma serena e boa, conta a meu coração tuas aspirações, dá-me forças para ir buscar no fim do mundo o que desejas a fim de te contentares e sentir em meu coração o reflexo de tuas alegrias.
Livra-me companheira querida dos dissabores desta vida, dá-me o encanto que somente tu podes encontrar. Empresta-me a tua beleza a fim de alegrar meus dias. Rogo-te não me deixes ao desamparo. Busca-me assim como te busco, encontra-me e fala-me sobre os teus desejos. Sonha em meus sonhos e não me sentirei mais tão só.
Sei que não apareces por temer minha indiferença, mas prometo-te, a ti e a mim, reconsiderar qualquer decisão desprezível que tenha feito a teu respeito. Mostra-te a mim para que eu viva melhor, para que as alegrias de meus dias possam ser mais coloridas e perfumadas e enfeitada com a tua presença.
Amiga querida, aprendi a amar-te nestes últimos dias.
Gostaria de ter-la conhecido antes, mas meu coração imaturo não soube reconhecer-te e permitiu que estranhos interferissem entre nós, mas agora sei que és minha conselheira, minha amiga, benção dos céus. Peço-te não me abandones e avisa-me quando eu não puder lhe ver e quando eu estiver perdida, ampara meu coração desmedido por vezes, insano em outras. Se minha conselheira e amorosa mãe. Una-te a mim. Ouvir-te-ei no silencio das noites e festejarei contigo nas manhãs ensolaradas, trabalharemos no dia e ao anoitecer voltaremos a visitar o flamboyant ouvindo o seu silencio no tocar de seus galhos e suas flores nas águas desse lago translúcido com o vento sereno e morno. O céu de primavera enfeitado pelo sol gigante a abençoar-nos junto a toda a natureza.
Elizabete Páscoa Martins
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